30.3.05

Oficineiros da Inclusão

Quem cabe no seu todos? Até onde vai o seu preconceito?
Quando eu ouvi essas perguntas pela primeira vez fiquei pensando comigo mesma qual seria a minha resposta. Queria dar a resposta certa, aquelas respostas corretas que a sociedade acha bonito, que diria que eu não sou preconceituosa, que estou antenada com o movimento atual de " "Vamos dizer não ao preconceito!"
O fato é que todos somos, sim, muito preconceituosos ainda. E quando digo preconceito, quero abranger algo muito maior. Não que eu jogue pedra nos deficientes ou julgue-os menos capaz que eu, mas só o fato de nunca pensar em como incluí-los no meu mundo já é preconceito suficiente.
Só hoje fui pensar que aqui na minha cidade (Niterói/RJ) tem rampas em quase todas as calçadas, atitude louvável do ex-prefeito Jorge Roberto Silveira. Mas e os ônibus? Nenhum deles tem rampa de acesso...pelo menos não os ônibus que eu pego. E olha que eu só ando de ônibus porque não dirijo, então eu mais do que ninguém posso falar sobre os ônibus. E eventos para surdos? Para cegos? E aí me vem a pergunta proposta pela Escola de Gente de novo na cabeça...Quem cabe no meu todo?
"A Escola de Gente atua em duas áreas estratégicas: a comunicação pela inclusão e a comunicação pelo direito à inclusão. São projetos e ações que colocam a comunicação a serviço da inclusão de grupos vulneráveis na sociedade, principalmente de pessoas com deficiência. Atuamos na qualificação da mídia e formadores de opinião através da elaboração e distribuição gratuita dos Manuais da Mídia Legal, oferecemos cursos a empresas e instituições e capacitamos jovens brasileiros, tornando-os multiplicadores do conceito e da prática da inclusão por meio dos projetos Encontros da Mídia Legal, Oficineiros da Inclusão e Os Inclusos e os Sisos - Teatro de Mobilização."

Esta ONG super bacana está lançando o programa de rádio Oficineiros da Inclusão, que estréia no dia 3 de abril, 14h, na rádio MEC AM 800, produzido e apresentado pelos Oficineiros da Inclusão. "Respaldada pela certeza de que profissionais da mídia devem assumir seu papel de Agentes da História e não apenas de observadores e narradores dos processos de transformação almejados, a instituição enfrenta o desafio de abordar um tema ainda desconhecido - embora a palavra inclusão esteja na moda - o que muitas vezes torna ainda mais incômodo o trabalho da organização: as pessoas acreditam já saber o que é inclusão e, freqüentemente, inclusive, já praticá-la. "

A equipe de Oficineiros da inclusão responsável pelo programa é formada por:
Produção: Sabrina Trica e Louise Storni
Reportagem: Fábio Meirelles e Marina Maria
Apresentação: Danielle Basto e Flavia Martins


Quem puder ouvir e ajudar a divulgar o programa (já que a MEC AM funciona no Brasil todo) estará colaborando com o trabalho desta ONG e com a sociedade em geral. Já que fazemos tão pouco para incluir alguém no nosso mundinho, não custa nada ajudar dando audiência e fazendo com que iniciativas como esta perdurem por muito tempo. Ao invés de assistir ao Domingão do Faustão, liguem seu rádio na MEC AM e ouçam o que esta gente que luta por um Brasil melhor tem a dizer.

Grande beijo a todos, e conto com a colaboração na divulgação deste programa!

Momento coruja: A minha irmã, Louise Storni, que é socióloga, está na produção deste programa e é uma oficineira da inclusão da Escola de Gente. O que me enche de orgulho :)

PS: As informações em itálico foram retiradas do site da Escola de Gente.

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