20.6.06

21.06


Essa menininha aí da foto gosta de sorrir mais do que de chorar. Mas chora com facilidade. De felicidade, de tristeza e de raiva. E quando chora de raiva fica com mais raiva ainda porque está chorando. Já quis ser astronauta, astrônoma, jornalista, aeromoça. Acabou sendo bióloga, ainda bem! Já trabalhou em farmácia, em sala de aula, em firma de reparo naval (?!), em laboratório, na Companhia que mais investe no Brasil, em Floresta Atlântica, em Floresta Amazônica. Hoje está apaixonada pela Floresta Amazônica. E acha que está ajudando a salvá-la...Na Companhia que mais investe no Brasil ganhou dinheiro e amigos, mas não tranqüilidade e felicidade. Então ela trocou de emprego, de amigos, de cidade, de Estado e começou de novo, aos 30. Essa menina não tem medo do novo, pelo contrário, parece ter um fascínio pelo desconhecido. Já teve alguns namorados e algumas mágoas. E às vezes chora quando lembra...Já teve namorados legais, bonitos, feios, chatos, brasileiros e estrangeiros. O coração dela bate ao ritmo da Tarantella, mas às vezes ritmos brasileiríssimos fazem o coração descompassar...Já morou em Niterói (RJ), nos EUA, na Itália, no Pará e no Amazonas. Nunca sabe para onde a vida vai levá-la. Mas ela é feliz assim e sabe que, um dia, vai encontrar seu porto-seguro. Ela é doutora em Ecologia e fez uma tese sobre ácaros e carrapatos nos passarinhos. Muita gente acha esquisito! Ela sabe muitas coisas sobre os carrapatos, e muita gente acha esquisito. Ela sabe que os ácaros das penas dos passarinhos conseguem “pressentir” quando a pena vai cair e trocam de pena antes que ela caia, e muita gente acha isso esquisito. Para que ela estudou estas coisas, as pessoas perguntam! Ninguém acredita que ela é doutora, nem ela. Mas está lá no Diário Oficial da União. Mas ela não tem muito orgulho deste título de “dotôra” não. Ela tem mesmo orgulho é de ser filha da Lia e do Gilberto. E de ser irmã da Preta e do André. Tem orgulho de ter amigos de infância até hoje. E de ter a tia Ana como madrinha. De ter o Saullo, músico talentoso, como primo-irmão. E tem orgulho do irmão André ter arrumado uma esposa tão bacana que nem a Grace. Tem muito, mas muito orgulho de ser neta de quem é. A Jeruza e o Mário ajudaram a criar os valores que esta menininha aí trouxe para a vida adulta. Tem um orgulho danado do seu tio José, que cuidou da vó Jeruza com todo amor que ele podia. Um tio que ri muito, assim como ela, e que faz piada de tudo, exatamente o jeito que ela acha que todas as pessoas deveriam ser. Tem orgulho do afilhado lindo e louro, que atende ao telefone com um “Oi, Dinda, quando é que você vem me ver? Eu tô morrendo de saudade!” que alegra seu dia. Tem orgulho de ter um afilhado paraense. E vai ensinar ele a dizer: “Pode vir forte, que eu sou do Norte!” quando ele crescer, para ele ter orgulho de ser nortista. Tem orgulho de ser brasileira, de ser carioca e de estar na Amazônia. Ela é calma e doce, mas quando fica brava sai de perto. Ela detesta injustiça, gente careta, preconceito, ignorância, gente que não quer aprender coisas novas, formigas, chuchu, mosquitos, sol demais, frio demais, notícias de morte, fim de namoro, gente mesquinha, gente covarde, gente que briga por dinheiro e camarão. Ela adora festa, amigos, risos, bebês fofos, bichos e plantas, a família linda que ela tem, ficar na Floresta, chocolate, coca-cola, junkie food, o Rio de Janeiro, Milão, o fofo, o Petrucchio (o cachorro dela), bolsas, fotos, gente feliz, música, os afilhados, ganhar presentes, dormir na cama da mãe os últimos minutos de sono e o pastel de nata da tia Carmen. Ela sente falta de muitas coisas, mas ela é feliz e aprendeu que não se pode ter tudo na vida, mas que é importante querer tudo na vida...e ela segue perseguindo tudo que ela quer!
E o que ela quer? Ela quer é ser feliz! Só isso.

Feliz aniversário para mim!

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